tag:blogger.com,1999:blog-7964977882616954040.post8445310709039088502..comments2024-01-23T01:58:23.078+00:00Comments on Caçadores 3441: FILHOS DE MUITAS MÃESGabriel Costahttp://www.blogger.com/profile/06933584185994260099noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-7964977882616954040.post-92078095027861115752010-11-19T10:47:06.633+00:002010-11-19T10:47:06.633+00:00Obrigado, Carlos.
Faço questão de manter essa linh...Obrigado, Carlos.<br />Faço questão de manter essa linha editorial.<br />Sem qualquer pretenciosismo, ou sequer tentativa de comparação, considero que é essa a principal diferença entre este blogue e todos os outros que falam da guerra do Ultramar.<br /><br />Continuarei, com um compromisso que fiz a mim mesmo: Publicar pelo menos uma "estória" em cada mês, sempre no dia 1.<br />Bem, pelo menos enquanto a inspiração for durando e o assunto não se esgotar, já que a memória começa a diluir-se na neblina do tempo.Egidio Cardosohttps://www.blogger.com/profile/01290550217194444630noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7964977882616954040.post-64598973887702131592010-11-19T10:38:34.872+00:002010-11-19T10:38:34.872+00:00Do meu amigo CARLOS ADEMAR, recebi um comentário, ...Do meu amigo CARLOS ADEMAR, recebi um comentário, via Facebook, que considero dever ser colocado aqui. Reza o seguinte:<br /><br />"Belo e rico este personagem. Gosto muito da forma como vocês abordam os tempos dificeis que viveram há quase 40 anos. Falam da pequena história, a que eu mais gosto, a história que não vem nos livros. Falam das pessoas que estão condenadas a morrer quando morrer a geração a que pertencem. Por isso gosto do que fazem neste blogue, que não é um blogue saudosista da guerra, antes pelo contrário, defende claramente, sem ser necessário manifestá-lo, os valores humanistas.Egidio Cardosohttps://www.blogger.com/profile/01290550217194444630noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7964977882616954040.post-8407244577672650752010-10-03T00:49:30.028+01:002010-10-03T00:49:30.028+01:00Do Bacalhau só me recordo, ou melhor, só me foi da...Do Bacalhau só me recordo, ou melhor, só me foi dado a observar..., o esquema da moto-bomba que herdámos da companhia anterior e que jamais trabalhou mais de cinco minutos seguidos.<br /><br />O Bacalhau apresentou-se como um "especialista" em moto-bombas...<br />A moto-bomba estava à sombra...<br />Já não me recordo bem; mas ele esteve lá (sentado e à sombra) seguramente uns 15 dias a arranjar a moto-bomba...<br />E não me recordo da moto-bomba ter trabalhado mais de 5 ou 10 minutos seguidos...<br />E assim andámos alguns meses a ir buscar água (uma espécie de água...) nas Berliets, até que um ultimato para Luanda nos trouxe a eléctro-bomba que nos forneceu excelente água até Maio de 72 e lá deve continuar enterrada...<br /><br />Ainda me recordo de visitar o Bacalhau na sua afanosa tarefa de dar conserto à moto-bomba para fim do sofrimento de todos nós.<br />Percebia-se que dava pela minha aproximação à distância. Acho que era nessa altura que ele passava as mãos com algum óleo pela testa e eu de lá regressava "impressionado" com a boa vontade do Bacalhau...<br />Até que um dia, eu ou o Gabriel, achámos que era moto-bomba a mais e o fizemos regressar ás Berliets, para maior descanso do Lobato.<br /><br />Para os que jogavam futebol dá para lembrar que o Bacalhau até na bola tinha uma finta que era uma autêntica "aldrabice"...<br /><br />PCAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7964977882616954040.post-42628674351343221892010-10-01T23:42:19.555+01:002010-10-01T23:42:19.555+01:00O Bacalhau -também conhecido como o Alemão, no mun...O Bacalhau -também conhecido como o Alemão, no mundo do boxe em Lisboa- era de facto um tipo sui-generis. Um alfacinha, nato num desses bairros tipicos onde é generalizada a fama de todos serem pouco dados ao trabalho (tipo Zé Carioca) e muito á malandrice, era um mecânico que sabia bem do seu ofício. Sabia, aliás, demais! Sabia até como é que havia de fazer para que uma simples mudança de filtros de gasóleo, durasse um dia inteiro!<br />A sua apetência pelo trabalho era pouca. Muito pouca. Tinha, no entanto, um espírito nato para a pequena e quase inocente criminalidade, deixando sempre a impressão de que, apesar de enganar um incauto, não deixava de ser um gajo porreiro. E era um gajo com muito himor: ria até das partidas que pregava e das pequenas vigarices com que ía mimoseando um ou outro.<br />Um dia, na Sala do Soldado, onde os GE's estafavam o mísero pré numa ou duas cervejas, o Bacalhau deu um espectáculo com um baralho de cartas, iludindo, com truque a seguir a truque, os olhos de quem o observava. Os GE's, sobretudo, só diziam: <br />- Chiii! Chiii!<br />No final, para terminar em beleza, vira-se para um e diz-lhe:<br />- Olha lá, ó Preto! Queres apostar que atiro as cartas ao ar e ficam coladas ao tecto? Uma cerveja, está bem?<br />O GE, olha-o sério e diz:<br />- Não! Tu tem magia!Gabriel Costahttps://www.blogger.com/profile/06933584185994260099noreply@blogger.com